quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Tristeza


  Hoje quero contar uma história triste e verdadeira. O dia em que descobri que a mulher - por quem eu era totalmente apaixonado - não tinha um pingo de amor por mim.

  Fazíamos amor várias vezes por semana e duas ou três vezes por dia. Quanta ilusão! Como eu era apaixonado!

  Comecei a desconfiar daquele sexo gostoso que fazíamos o tempo todo. Então “caiu a ficha”! Percebi que ela só tinha desejo sexual por mim. Ela não me amava! Queria apenas gozar com meu membro dentro dela, se contorcendo e urrando de prazer quando eu a penetrava em qualquer buraco que ela estivesse com vontade de dar. Que tristeza! Que vazio é o prazer indescritível sem amor. Eu não podia aceitar isso. Sexo sem amor! Que vergonha! A mulher que eu amava apenas me desejava furiosa e lascivamente. Prazer, prazer e prazer, ela só o que ela sentia quando estava comigo.

  Queria e ainda quero alguém que me ame, não alguém que me use. Tesão sem amor é feio! É mau! Tive de dar um basta e terminar tudo. Foi o dia mais triste da minha vida! Separar-me daquela mulher que eu chamava de “amor” enquanto, em troca, ela me fazia sexo oral e se masturbava até chegar ao orgasmo. Que horror! 

  Faz vários anos que estamos separados. Ainda não encontrei o amor da minha vida, mas, pelo menos, estou livre desse prazer irresponsável de uma mulher que ficava toda molhadinha ao pensar em mim como um objeto sexual.

  Um dia encontrarei o amor verdadeiro de alguém que possa assistir tv ao meu lado ao invés de só pensar em sexo comigo!


(meus textos para teatro e stand-up estão em: www.textosteatro.com.br - textosteatro @ gmail.com)


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sábado, 23 de dezembro de 2017

Tudo a Mesma Coisa!




   Eu fui criado em apartamento. Não saía pra rua (a) quando chovia ou (b) quando podia chover ou (c) quando tinha sol. E se sobrou alguma alternativa que não fosse sair do apê para para escola, eu também não saía. 

   Conheci a natureza por filmes na televisão preto e branco. Quando a professora disse que faríamos a experiência de ver brotar e crescer um grão de feijão, eu pensei que tinha de ser com feijão cozido. Nunca associei natureza com verde, pra mim o natural é preto, branco e cinza.

   Nunca me dei bem com a natureza: larguei os escoteiros no primeiro dia, assim que o chefe explicou que aprenderíamos a fazer fogo esfregando dois pauzinhos.

   Digo isso só pra explicar que eu gosto do artificial. Igual a todo mundo, gosto das coisas artificiais, coisas tão comuns que já uso todo dia e nem me dou conta: sabor artificial, bronzeamento artificial, bonecas infláveis...

   Mas tem uma coisa artificial que está me deixando muito decepcionado: a moda das sobrancelhas todas iguais. As mulheres fazem tatuagens sob a sobrancelha pra corrigir as falhas e ficam todas com a mesma cara. 

   Não acho feio as sobrancelhas atuais, mas gosto de variedade! Esses dias fui encontrar uma garota no aplicativo de encontros e ela estava com a mesma cara da ex... Levei um susto! É a mesma coisa que ir ao restaurante caro pra evitar a comida da sua mãe e ter de descobrir que ela é a cozinheira lá! 

   Imagina agora se todas as mulheres começarem a usar a mesma roupa, tiverem o mesmo peso, o mesmo corte e cor de cabelo e usarem o mesmo nome... Que vai ser igual ao da tua mãe junto com todo o resto. É um pesadelo!

   Então, mulheres, por favor: sejam diferentes e continuem iguais a vocês mesmas! Mantenham suas sobrancelhas longe da moda!




(meus textos para teatro e stand-up estão em: www.textosteatro.com.br - textosteatro @ gmail.com)


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Sabonete Não é Presente de Natal

   Eu detesto essa brincadeira do trabalho de sortearmos um colega pra dar o presente de Natal. Sempre me dão sabonete no Natal. Sabonete não é presente. Esses dias, discutindo sobre o presente de “amigo oculto” do trabalho, comentei com um colega:
   - Se alguém me der um sabonete de Natal, eu mando enfiar no cu. 
   Ele comentou:
   - Mas minha mãe adora!
   - Enfiar sabonete no cu? - perguntei inocentemente.
   Ele não falou mais comigo. 
   Eu era o “amigo oculto” que ele tinha sido sorteado para dar um presente.  No Natal, ele me deu um vidro de 5 litros de pepino em conserva. 
   Pelo menos não foi sabonete.
   Feliz Natal!



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